Praia de Boa Viagem é a praia urbana mais famosa da cidade do Recife, capital do estado de Pernambuco. Tendo aproximadamente sete quilômetros (7 km) de extensão e estando situada no bairro de Boa Viagem (Zona Sul da capital pernambucana), é delimitada pela Praia do Pina em um lado e pela Praia de Piedade do outro. A maior parte da praia de Boa Viagem é protegida por uma barreira de recifes naturais, os quais deram nome à cidade.

Descrição


Na maré baixa, formam-se várias piscinas naturais rasas, com águas mornas e transparentes, ao longo da praia; também durante a maré baixa, é possível andar sobre os recifes, que são relativamente planos e largos (mas escorregadios). Quando a maré sobe, os arrecifes ficam completamente cobertos pela água. Na Praia de Boa Viagem há quiosques padronizados, ciclovia, pista de cooperchuveiros, quadras de vôlei e tênis e equipamentos para musculação.


Ataques de Tubarão



A maior parte da praia de Boa Viagem é protegida por uma barreira de recifes naturais, e as autoridades não recomendam o banho além dos recifes, para evitar ataques de tubarões. Além disso, o surfe atualmente é proibido, embora o antigo governador do estado tenha autorizado, no início do ano de 2006, a instalação de uma rede de proteção contra os tubarões. Em 2007, o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) iniciou o processo de instalação, nos tubarões capturados, de sensores que possibilitam a monitoração via satélite, visando identificar o momento de aproximação dos animais da costa, numa área que compreende a Praia do Paiva até o Pina, para então retirar os tubarões da localização de risco. Hoje em dia os ataques são mais raros, porém as restrições permanecem.

Segundo especialistas, os ataques de tubarão no litoral recifense são resultado do impacto ambiental provocado pela construção do Porto de Suape, que exigiu o aterramento de dois estuários onde os tubarões-touro davam à luz. Outros fatos contribuem para o aparecimento de tubarões na área da Praia de Boa Viagem: as correntes marinhas direcionam os animais para esse trecho de 20 quilômetros; e nesse ponto os animais encontram dois canais de águas profundas, e quando o tubarão se desvia da rota migratória comum e entra nesses canais, há grande risco de contato com pessoas. Como o ser humano não faz parte do cardápio alimentar dos tubarões, a maior parte dos ataques acontece por engano: quando a água está turva, o tubarão que está à caça por alimento não consegue perceber a diferença entre uma pessoa e um peixe grande.


O banho é seguro nas muitas piscinas naturais que se formam ao longo da Praia de Boa Viagem durante a maré baixa; porém não é recomendado ultrapassar os recifes.
Uma das praias mais perigosas do mundo, Boa Viagem reúne condições ideais à presença do tubarão mais agressivo do planeta, o tubarão-touro (bull shark). Ser vivo com o maior índice de testosterona da Terra, o tubarão-touro tem preferência por áreas de estuários com águas quentes, caso do Recife. Outra espécie muito agressiva presente na Praia de Boa Viagem é o tubarão-tigre.
Foram contabilizados 59 ataques de tubarão desde o ano de 1992, com 24 mortes, no trecho contínuo entre as praias do Carmo e do Paiva, no qual está inserida Boa Viagem. A última vítima fatal foi a estudante paulista Bruna Gobbi, mordida por um tubarão em julho de 2013 na Praia de Boa Viagem ao ser arrastada pela correnteza e sofrer princípio de afogamento: apesar de a praia possuir 88 placas de advertência, alguns banhistas insistem em entrar no mar mesmo sob condições que favorecem os ataques, como maré alta, lua cheia e a água turva devido às chuvas no mês de julho.

Recife torna o Brasil o quarto país do mundo em número de vítimas fatais por ataques de tubarão, atrás somente da Austrália, dos Estados Unidos e da África do Sul.

Os muitos ataques de tubarão na capital pernambucana fizeram com que Recife ganhasse um personagem na HQ Wolverine and the X-Men, publicada pela Marvel: a "mutante" Iara dos Santos — ou Garota Tubarão (Shark Girl).

http://pt.wikipedia.org

Algumas publicações afirmam que o “Maracatu” é um festejo, um folgueto criado pelor negros brasileiros. Porém, sua origem está ligada às festas em homenagem aos Reis Magos inseridas pelos catequistas.

As imagens tradicionais ao redor do nascimento de Jesus foram adaptadas com as imagens das etnias brasileiras, por meio da inclusão de elementos indígenas e africanos. Porém, o festejo do “maracatu” tem sua origem cultural oriunda das coroações de Reis do Congo a partir do século XVIII, nas igrejas de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, com a representação de índios, negros e da corte. 

O cortejo é aberto pela baliza que marca o passo ao lado da porta-estandarte, seguidos pelos índios, negras e baianas, negra da calunga, negra do incenso, balaieiro, pretos velhos, vassalo, batuqueiros e macumbeiro. A corte é representada pelo rei e rainha.

 O termo maracatu também se refere a um ritmo musical, popularmente conhecido como “baque virado”, muito utilizado pelo Maracatu Nação, uma manifestação cultural de música folclórica afro-brasileira. Há também o maracatu rural, onde há a presença dos caboclos de lança, também referido como “maracatu de baque solto” com organização diferente do “maracatu nação”.

Maracatú de Baque Virado




O Maracatu de Baque Virado ou Maracatu Nação é uma manifestação da cultura popular brasileira, afrodescendente. Surgiu durante o período escravocrata, provavelmente entre os séculos XVII e XVIII, onde hoje é o Estado de Pernambuco, principalmente nas cidades de Recife, Olinda e Igarassu (que, antigamente, abrangia também o que hoje são os municípios de Itapissuma, Abreu e Lima e Itamaracá). 

Como a maioria das manifestações populares do país, é uma mistura de culturas ameríndias, africanas e europeias. 

 Apesar de existirem muitas visões, histórias e hipóteses diferentes, a explicação mais difundida entre os estudiosos acerca da origem do Maracatu Nação é a de que ele teria surgido a partir das coroações e autos do Rei do Congo, prática implantada no Brasil supostamente pelos colonizadores portugueses e, por consequência, permitida pelos senhores de escravos. 

 Os eleitos como Rainhas e Reis do Congo eram lideranças políticas entre os cativos: intermediários entre o poder do Estado Colonial e as mulheres e homens de origem africana. 

Destas organizações teriam surgido muitas manifestações culturais populares que passaram a realizar encontros e rituais em torno dessas representações sociais originando manifestações populares como Maracatu de Baque Virado, que também estabeleceu ao longo dos anos em diversos “agrupamentos” uma forte ligação com a religiosidade do Candomblé ou Xangô Pernambucano. 

Com a abolição da escravatura no Brasil, no fim do século XVIII, o Maracatu passou gradualmente a ser caracterizado como um fenômeno típico dos carnavais recifenses, como ocorreu com o Frevo e outras práticas populares brasileiras. 

 Após um intenso processo de decadência dos maracatus de Recife durante quase todo o século XX, ocorreu nos anos 1990 o que podemos chamar de “Boom do Maracatu”. A prática ancestral adquiriu uma notoriedade que nunca havia conquistado antes, resultado, entre outras coisas, da ação do Movimento Negro Unificado (MNU) junto a Nação Leão Coroado, (uma das nações mais tradicionais de Recife), do movimento Mangue Beat (que tem como principais expoentes Chico Science e o grupo Nação Zumbi, a Banda Mestre Ambrósio, entre outros), e do grupo Nação Pernambuco (uma de suas principais marcas foi ter separado a dimensão da música e da dança do Maracatu de sua dimensão religiosa). 

 Nesse contexto o Maracatu de Baque Virado saiu de seu palco principal que é a cidade de Recife e chegou a diversos lugares do país e do mundo. 

Atualmente existem grupos percussivos que trabalham com elementos da Cultura do Maracatu Nação em quase todos os estados brasileiros e em diversos países como Canadá, Inglaterra, França, Estados Unidos da América, Japão, Escócia, Alemanha, Espanha, entre outros.

Maracatú de Baque Solto




O Maracatu Rural também é uma brincadeira que se originou onde hoje é o estado de Pernambuco, provavelmente entre os séculos XIX e XX. 

Como no Maracatu Nação, este possui um setor responsável pela execução da música e outro formado por personagens caracterizados, mas seus personagens, sua música, seus instrumentos e suas apresentações são completamente diferentes. 

 No Maracatu Rural a parte musical conta com um conjunto de metais (clarinete, saxofone, trombone, corneta ou pistom), além da percussão formada normalmente por tarol ou caixa, surdo, ganzá, chocalhos, porca (cuíca), zabumba e gonguê. 

O ritmo é mais acelerado em relação ao Maracatu Nação e o coro é exclusivamente feminino. Entre os personagens estão Reis, Rainhas, Catirinas, Damas do Passo, Caboclos de Pena e outros mais. Nos últimos anos tem ganhado bastante destaque a figura do Caboclos de Lança, que além de realizar sua dança movendo sua lança em todas as direções, levam nas costas chocalhos (que também podemos chamar de guizos ou sinetas), dando a marcação acelerada do Maracatu de Baque Solto.

http://www.infoescola.com
http://maracatu.org.br

Duarte Coelho de Albuquerque nasceu em Olinda, Pernambuco, em 1537 ou 1538, e morreu no Norte da África, em 1579 ou1580.

Primogênito de Duarte Coelho Pereira e de dona Brites de Albuquerque, foi o segundo donatário da capitania de Pernambuco.

Com o pai, ele e seu irmão, Jorge de Albuquerque Coelho, seguiram para Portugal, a fim de realizar seus estudos, em 1554. Entretanto o pai morre pouco tempo depois da chegada. Em 1560, os dois irmãos retornam ao Brasil, encarregados pela rainha regente de Portugal, D. Catarina, de "pacificar os índios que atacavam a capitania de Pernambuco".

Duarte de Albuquerque assumiu então o governo da capitania e conseguiu, com a ajuda de tribos amigas, assegurar sua sobrevivência e progresso.

Em 1576 retorna a Portugal e em 1578 participa da fracassada expedição empreendida pelo rei D. Sebastião contra os mourosdo Norte da África. Após a derrota de Alcácer-Quibir, na qual o rei português desapareceu, os dois irmãos foram aprisionados pelos mouros. Um ano depois seriam resgatados. Mas Duarte, devido aos ferimentos, não sobreviveria à longa viagem de volta a Lisboa.


Governador de Pernambuco: 1561 - 1578
Sucedido por: Brites de Albuquerque -   Regente em nome do seu                    filho.


Edificado em 1987, o museu só foi inaugurado após a morte do cantor, em 1989, por seu filho Gonzaguinha. No Museu do Gonzagão, a 688 km do Recife, o visitante encontra sanfonas, gibões, discos e outros objetos do Rei do Baião, além de todo o acervo de músicas gravadas por ele. Está situado entre duas casas que marcaram a vida do cantor: sua residência, onde morou até morrer, e a de Januário, seu pai. Ao lado desta última, encontra-se o mausoléu do músico e de sua família. 

O museu está aberto, diariamente, das 8h às 12h e das 13h às 17h. 
O valor do ingresso é R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia-entrada). 
Mais informações: 

www.parqueazabranca.com.br


 Convento de São Francisco é parte de um conjunto arquitetônico barroco de excepcional importância, que inclui a Igreja de Nossa Senhora das Neves, a Capela de São Roque, o claustro e a sacristia. Localiza-se na Ladeira de São Francisco, 280, emOlinda, Pernambuco.
É convento franciscano mais antigo do Brasil. Sua construção foi iniciada em 1585, com projeto do frei Francisco dos Santos, mas foi parcialmente destruído pelos holandeses no ano de 1631 e reconstruído ainda no século XVII. Em frente ao convento existe um cruzeiro trabalhado em pedra de arenito retirada dos arrecifes.
O claustro e a sacristia são famosos pela série de painéis de azulejos portugueses, com cenas diversas. Na igreja, na sacristia e na capela chama a atenção o rico trabalho de talha em madeira do teto, com caixotões contendo pinturas do século XVIII. O mosteiro tem ainda uma biblioteca com um precioso acervo de obras raras, e nele foi instalada a primeira biblioteca pública de Pernambuco.
O conjunto foi incluído no rol dos monumentos do Centro Histórico de Olinda, tombado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.


Piedade é um bairro de Jaboatão dos Guararapes, integrante da Regional 06 — praias.
Destaca-se por sua praia homônima; ela era parte da praia de Candelária junto com a praia de Boa Viagem e do Pina, em Recife e a Praia de Candeias, também em Jaboatão. Em 1648 foi fundada a Igreja de Nossa Senhora da Piedade, que deu origem ao bairro. Foi construída nas terras de Francisco Gomes; assim sendo, até o século XVII a praia de Piedade se chamava praia de Francisco Gomes.
A Praia de Piedade é a praia mais badalada de Jaboatão dos Guararapes. Situada entre as praias de Boa Viagem no Recife e Candeias em Jaboatão, era junto com estas e mais a Praia do Pina conhecida como Praia da Candelária. Este nome era devido à antiga Igreja da Candelária que existia na Praia de Candeias, construída no final do século XVI e destruída na década de 1930 pelo avanço das marés.


Shopping Guararapes, localizado em Piedade.
A Praia de Piedade só obteve esse nome quando foi construída a Capela que deu origem à atual Igreja da Piedade, defronte do mar e cuja construção foi atribuída a Francisco Gomes Salgueiro. Este, segundo a tradição, teria feito a promessa que construiria uma igreja em suas terras caso escapasse de um naufrágio. Cumpriu a promessa e doou o terreno da igreja aos frades carmelitas que ali instalaram um convento. A data da construção da igreja é de 1683, conforme consta no seu túmulo situado na mesma. Por estes idos a Praia também era conhecida como Praia de Francisco Gomes.
Num trecho da Praia de Piedade, situado nos limites com Candeias, existiu um porto durante o período colonial onde aportavam navios negreiros. Por isso, esse local era conhecido por Venda Grande e até hoje alguns ainda utilizam essa denominação. Até o final do século XIX, no local, fora a igreja e o convento, não existia nada além de algumas casas de pescadores e uma densa vegetação de restinga onde abundavam os cajueiros e mangabeiras. Destacava-se na época em Venda Grande apenas uma casa, no local então conhecido como Focinho de Boi.
Fazendo uma caminhada pela Praia de Piedade percebe-se que os arrecifes dominam o trecho compreendido entre a altura da Rua do Loreto até as proximidades da Igreja. Nele, muitas pessoas pescam e aproveitam a proteção oferecida para banharem-se nas piscinas naturais formadas. É uma pena que a degradação ambiental no local extinguiu a fauna composta por marias-farinha, siris, peixes coloridos anteriormente existente.
O trecho próximo a Igreja de Piedade não é aconselhável para o banho, devido aos ataques de tubarões que por inúmeras vezes ocorreram ali. Mesmo assim, apesar da placa avisando a presença dos tubarões, muitos banhistas desobedecem ao alerta e arriscam suas vidas no local. Aconselha-se que esse trecho seja evitado pois existe um canal submarino que liga áreas profundas do oceano ao referido local, o que favorece a entrada de tubarões.

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