Algumas publicações afirmam que o “Maracatu” é um festejo, um folgueto criado pelor negros brasileiros. Porém, sua origem está ligada às festas em homenagem aos Reis Magos inseridas pelos catequistas.

As imagens tradicionais ao redor do nascimento de Jesus foram adaptadas com as imagens das etnias brasileiras, por meio da inclusão de elementos indígenas e africanos. Porém, o festejo do “maracatu” tem sua origem cultural oriunda das coroações de Reis do Congo a partir do século XVIII, nas igrejas de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, com a representação de índios, negros e da corte. 

O cortejo é aberto pela baliza que marca o passo ao lado da porta-estandarte, seguidos pelos índios, negras e baianas, negra da calunga, negra do incenso, balaieiro, pretos velhos, vassalo, batuqueiros e macumbeiro. A corte é representada pelo rei e rainha.

 O termo maracatu também se refere a um ritmo musical, popularmente conhecido como “baque virado”, muito utilizado pelo Maracatu Nação, uma manifestação cultural de música folclórica afro-brasileira. Há também o maracatu rural, onde há a presença dos caboclos de lança, também referido como “maracatu de baque solto” com organização diferente do “maracatu nação”.

Maracatú de Baque Virado




O Maracatu de Baque Virado ou Maracatu Nação é uma manifestação da cultura popular brasileira, afrodescendente. Surgiu durante o período escravocrata, provavelmente entre os séculos XVII e XVIII, onde hoje é o Estado de Pernambuco, principalmente nas cidades de Recife, Olinda e Igarassu (que, antigamente, abrangia também o que hoje são os municípios de Itapissuma, Abreu e Lima e Itamaracá). 

Como a maioria das manifestações populares do país, é uma mistura de culturas ameríndias, africanas e europeias. 

 Apesar de existirem muitas visões, histórias e hipóteses diferentes, a explicação mais difundida entre os estudiosos acerca da origem do Maracatu Nação é a de que ele teria surgido a partir das coroações e autos do Rei do Congo, prática implantada no Brasil supostamente pelos colonizadores portugueses e, por consequência, permitida pelos senhores de escravos. 

 Os eleitos como Rainhas e Reis do Congo eram lideranças políticas entre os cativos: intermediários entre o poder do Estado Colonial e as mulheres e homens de origem africana. 

Destas organizações teriam surgido muitas manifestações culturais populares que passaram a realizar encontros e rituais em torno dessas representações sociais originando manifestações populares como Maracatu de Baque Virado, que também estabeleceu ao longo dos anos em diversos “agrupamentos” uma forte ligação com a religiosidade do Candomblé ou Xangô Pernambucano. 

Com a abolição da escravatura no Brasil, no fim do século XVIII, o Maracatu passou gradualmente a ser caracterizado como um fenômeno típico dos carnavais recifenses, como ocorreu com o Frevo e outras práticas populares brasileiras. 

 Após um intenso processo de decadência dos maracatus de Recife durante quase todo o século XX, ocorreu nos anos 1990 o que podemos chamar de “Boom do Maracatu”. A prática ancestral adquiriu uma notoriedade que nunca havia conquistado antes, resultado, entre outras coisas, da ação do Movimento Negro Unificado (MNU) junto a Nação Leão Coroado, (uma das nações mais tradicionais de Recife), do movimento Mangue Beat (que tem como principais expoentes Chico Science e o grupo Nação Zumbi, a Banda Mestre Ambrósio, entre outros), e do grupo Nação Pernambuco (uma de suas principais marcas foi ter separado a dimensão da música e da dança do Maracatu de sua dimensão religiosa). 

 Nesse contexto o Maracatu de Baque Virado saiu de seu palco principal que é a cidade de Recife e chegou a diversos lugares do país e do mundo. 

Atualmente existem grupos percussivos que trabalham com elementos da Cultura do Maracatu Nação em quase todos os estados brasileiros e em diversos países como Canadá, Inglaterra, França, Estados Unidos da América, Japão, Escócia, Alemanha, Espanha, entre outros.

Maracatú de Baque Solto




O Maracatu Rural também é uma brincadeira que se originou onde hoje é o estado de Pernambuco, provavelmente entre os séculos XIX e XX. 

Como no Maracatu Nação, este possui um setor responsável pela execução da música e outro formado por personagens caracterizados, mas seus personagens, sua música, seus instrumentos e suas apresentações são completamente diferentes. 

 No Maracatu Rural a parte musical conta com um conjunto de metais (clarinete, saxofone, trombone, corneta ou pistom), além da percussão formada normalmente por tarol ou caixa, surdo, ganzá, chocalhos, porca (cuíca), zabumba e gonguê. 

O ritmo é mais acelerado em relação ao Maracatu Nação e o coro é exclusivamente feminino. Entre os personagens estão Reis, Rainhas, Catirinas, Damas do Passo, Caboclos de Pena e outros mais. Nos últimos anos tem ganhado bastante destaque a figura do Caboclos de Lança, que além de realizar sua dança movendo sua lança em todas as direções, levam nas costas chocalhos (que também podemos chamar de guizos ou sinetas), dando a marcação acelerada do Maracatu de Baque Solto.

http://www.infoescola.com
http://maracatu.org.br

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