Bandeira
Brasão
Fundação: 15 de março de 1893
Gentílico: Gravataense
Gravatá é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Localiza-se a uma latitude 8º12'04" sul e a uma longitude35º33'53" oeste, estando a uma altitude de 447 metros, localiza-se a 84 km da capital Recife.
História
O município de Gravatá teve origens numa fazenda, em 1808, pertencente a José Justino Carreiro de Miranda, local esse que servia como hospedagem para os viajantes que iam comercializar o açúcar e a carne bovina, principais produtos da época, que eram levados em embarcações do Recife até o interior para as cidades de Caruaru, Pesqueira, Arcoverde, entre outras cidades do agreste e sertão pernambucanos. Como a navegação pelo rio Ipojuca era difícil, os comerciantes eram obrigados a fazer paradas estratégicas para evitar também que o gado perdesse peso.
Uma dessas paradas ficou conhecida como Crauatá, denominação, que deriva do tupi Karawatã ("mato que fura"), por conta da predominância de uma planta do gênero da família das bromélias, também chamada caraguatá, caroatá, caroá e gravatá.
Foi nos fins do século XVIII - 1797 ou princípios de 1798 que José Justino Carreiro de Miranda tomou posse da Fazenda Gravatá que, por muito tempo, serviu de hospedagem para viajantes e, como consequência natural, surgiram dois arruados, um em cada margem do rio.
Em 1816 iniciou-se a construção de uma capela dedicada a Sant'Ana que, em 1822 provavelmente em 26 de Julho, dedicado pela Igreja Católica a Sant'Ana, seria concluída por seu filho João Félix Justiniano. Em seguida, as terras foram divididas em 100 lotes e vendidas aos moradores, dando início ao povoado de Gravatá, sendo um distrito do município de Bezerros.
Finalmente no dia 25 de Maio de 1857, 35 anos de pois da inauguração da capela, pela Lei Provincial 422 foi a povoação elevada a Freguezia de Gravatá. Foi o primeiro vigário encomendado da nova freguezia o padre Joaquim da Cunha Cavalcanti, sendo feito o registro competente no Livro 1 de Casamentos desse ano. No Termo de Abertura está o nome do provisor Francisco José Tavares da Gama e a data de 7 de Setembro de 1857, quando chegou o padre interino. A inscrição datal da paróquia foi feita com solenidade no mesmo dia da chegada do tonsurado, da fundação efetiva do grande sonho dos católicos gravataenses. Na ocasião foi levado a efeito o primeiro batizado oficial destas terras.Foi do parvolo José, nascido no mês de julho desse ano e filho legítimo de Firmino José e Maria da Conceição. Vinte dias mais tarde, a 27 do dito mês, verificava-se o primeiro casamento, que foi,conforme documento do ato, realizado "no oratório privado do engenho "Penon", e oficiado pelo padre Francisco Seabra d'Andrade,- com certeza convidado de outra paroquia - sendo os noivos Manuel Tomás da Silva e Inez Francisca Lisboa.
Em 13 de junho de 1884, a sede do município foi elevada à categoria de cidade (Lei Provincial nº 1.805), porém sua emancipação política só veio a ocorrer após a Proclamação da República, pela Lei Orgânica dos Município, de 15 de marçode 1893, quando a cidade adquiriu sua autonomia municipal e elegeu o seu primeiro prefeito, Antônio Avelino do Rego Barros.
No final do século XIX, com a inauguração da Ferrovia Great Western Railways, ligando o Recife ao sertão pernambucano, a cidade tomou considerável impulso e, aos poucos, foi definida sua vocação para o turismo, sobretudo com a construção da BR-232, em 1950, o que permitiu um melhor acesso, encurtando o tempo de viagem e vencendo o desafio da Serra das Russas. Atualmente comemora a emancipação do município no dia 15 de março.
Geografia
O município de Gravatá encontra-se a 81 km da capital pernambucana, Recife. A cidade conta com uma população estimada em 83.450 mil habitantes, distribuídos em uma área de 506,785 km².
Situa-se às margens do Planalto da Borborema onde ergue-se através dos contrafortes da Serra das Russas ao leste, e sua altitude média é de 447m. Tendo picos, que ultrapassam esta, como na Serra do Maroto, no Alto do Cruzeiro etc. Seu relevo é acidentado, formado por falésias (falhas geológicas, provocadas pela erosão continuada de anos), tendo algumas regiões planas, em especial, as que margeiam o Rio Ipojuca.
Por ser uma região de transição entre o Sertão e a Zona da Mata, podem ser encontrados diversos exemplares tanto da Mata Atlântica, quanto da Caatinga. Enfim a vegetação da cidade é composta pela caatinga, formada por plantas caducifólias (que perdem as folhas devido aos fatores físicos externos, por exemplo, baixas temperaturas, falta de umidade etc.), plantas xerófilas (plantas com capacidade de armazenar água, e que possuem folhas especiais, com uma espessa camada de ceras [lipídios], que impedem/minimizam a evaporação) e plantas hiperxerófilas, e por plantas da mata atlântica.
O município está inserido na bacia do rio Ipojuca e do rio Capibaribe, além do rio Amaraji.
O clima de Gravatá é considerado semiárido (tipo Bsh na classificação climática de Köppen-Geiger), com influência da Serra das Russas, que, devido à sua altitude, provoca chuvas orográficas, impedindo chuvas mais abundantes no município. A temperatura média anual de 22 °C, com mínimas chegando a 15 °C nos meses mais frios, enquanto na época mais quente as temperaturas máximas podem chegar próximas de 30 °C. A precipitação média anual é de 725 milímetros (mm), concentrados entre março e julho, sendo julho o mês de maior precipitação (108 mm).
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