Em 15 de maio de 1645, reunidos no Engenho de São João, 18 líderes insurretos pernambucanos assinaram compromisso para lutar contra o domínio holandês no estado. Com o acordo assinado, começa o contra-ataque à invasão holandesa. A primeira vitória importante dos insurretos se deu no Monte das Tabocas, (hoje localizada no município de Vitória de Santo Antão) onde 1200 insurretos mazombos armados de armas de fogo, foices, paus e flechas derrotaram numa emboscada 1900 holandeses bem armados e bem treinados.

Mauritsstad, o Recife nassoviano.O sucesso deu ao líder Antônio Dias Cardoso o apelido de Mestre das Emboscadas. Os holandeses que sobreviveram seguiram para Casa Forte, sendo novamente derrotado pela aliança dos mazombos, índios nativos e escravos negros. Recuaram novamente para as casas-forte em Cabo de Santo Agostinho, Pontal de Nazaré, Sirinhaém, Rio Formoso, Porto Calvo e Forte Maurício, sendo sucessivamente derrotados pelos insurretos. Por fim, Olinda foi recuperada pelos rebeldes. Cercados e isolados pelos rebeldes numa faixa que ficou conhecida como Nova Holanda, indo de Recife a Itamaracá, os invasores começaram a sofrer com a falta de alimentos, o que os levou a atacar plantações de mandioca nas vilas de São Lourenço, Catuma e Tejucupapo. Em 24 de abril de 1646, ocorreu a famosa Batalha de Tejucupapo, onde mulheres camponesas armadas de utensílios agrícolas e armas leves expulsaram os invasores holandeses, humilhando-os definitivamente. Esse fato histórico consolidou-se como a primeira importante participação militar da mulher na defesa do território brasileiro.

Em 19 de abril de 1648, os holandeses romperam o cerco, dirigindo-se para Cabo de Santo Agostinho. O local foi palco de duas importantes batalhas da história militar brasileira - as duas Batalhas dos Guararapes - a primeira ocorrendo assim que os invasores chegam ao local, e a segunda pouco menos de um ano mais tarde, em 19 de fevereiro de 1649. O destino dos invasores foi selado com a segunda Batalha dos Guararapes, porém os invasores permanecem cercados até 1654. No dia 20 de janeiro desse ano, foram penetradas as últimas defesas holandesas, forçando os invasores a assinar um tratado de rendição. Após 24 anos de dominação holandesa sobre Pernambuco, após 62 horas de negociação, em 27 de janeiro de 1654 na Campina da Taborda, os holandeses se renderam incondicionalmente, entregando as 73 chaves da cidade maurícia aos insurretos vitoriosos.

A Restauração Pernambucana foi um marco importante para o Brasil, tanto militarmente, com a consolidação das táticas de guerrilha e emboscada, quanto sócio-politicamente, com o aumento da miscigenação entre as três raças (negro africano, branco europeu e índio nativo) e o começo dum sentimento de nacionalidade.

O historiador pernambucano Evaldo Cabral de Mello comenta em sua obra «A fronda dos Mazombos», que, em 27 de janeiro de 1654, o exército de Von Schkoppe se rendeu no Recife, pondo fim a um quarto de século de domínio holandês, e «cinquenta anos depois parte da «nobreza da terra», ou seja, dos filhos e netos dos que haviam restaurado a suserania portuguesa, promovia uma sedição contra o governador Castro e Caldas», que governou Pernambuco de 1707 a 1710. E que, na historiografia brasileira, a chamada Guerra dos Mascates» representaria «um caso típico de ´carro diante dos bois´, utilizada «como marco romanesco em obras de José de Alencar ou de Franklin Távora. Segundo ele, Robert Southey, Varnhagen, Handelmann, Capistrano de Abreu (que apelida «os pais fundadores da historiografia brasileira») perceberam a conexão entre a experiência da guerra batava e os conflitos civis de 1710-1711. Sua obra é a tentativa de «preencher a lacuna que representa a inexistência de uma história da Guerra dos Mascates e do meio século que a precedeu».

Foram governadores e capitães-generais de Pernambuco neste período de 1654 a 1718

1654-1657 : Francisco Barreto de Menezes

1657 - 1661 : André Vidal de Negreiros

1661 - 1664 : Francisco de Brito Freire

1664 - 1666 : Jerônimo de Mendonça Furtado, apelidado o Xumbergas

1666 - 1667 : Junta provisória

1666 : André Vidal de Negreiros

1667 - 1670 : Bernardo de Miranda Henriques

1670 - 1674 : Fernão de Souza Coutinho

1674 : Junta provisória

1674 - 1678 : D. Pedro de Almeida

1678 - 1682 : Aires de Souza de Castro

1682 - 1685 - D. João de Souza

1685 - 1688 : João da Cunha Souto Maior

1688 - Fernão Cabral

1688 - 1689 - D. Matias de Figueiredo e Melo

1689 - 1690 - D. Antonio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho

1690 - 1693 : Marquês de Montebelo

1693 - 1699 - Caetano de Melo e Castro

1699 - 1703 : Fernando Martins Mascarenhas

1703 - 1707 : Francisco de Castro Morais

1707 - 1719 : Sebastião de Castro Caldas

1710 - 1711 : D. Manuel Álvares de Costa

1711 - 1715 : Félix José Machado

1715 - 1718: D. Lourenço de Almeida

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