Brites de Albuquerque (Portugal, 1517?- Pernambuco,1584?) foi mulher do donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho Pereira.
Nascida em Portugal, era filha de Lopo de Albuquerque e Joana de Bulhão.1 Brites, ou Beatriz, como era também chamada, fazia parte da poderosa família dos Albuquerque, arrolados entre os “barões assinalados” do poema Os Lusíadas, sendo sobrinha de Afonso de Albuquerque.
Chegou ainda jovem a Pernambuco (9 de Março de 1535), acompanhando o seu marido, Duarte Coelho Pereira, que recebera a posse da Capitania, por doação de el-Rei D. João III. Além da esposa, Duarte Coelho teria partido para o Brasil acompanhado de seu cunhado, Jerônimo de Albuquerque.
Por volta de 1553, quando o marido retorna a Portugal, acompanhado dos filhos do casal, Duarte Coelho de Albuquerque e Jorge de Albuquerque Coelho, Dona Brites assume interinamente o governo da capitania, assistida por seu irmão, Jerônimo de Albuquerque, que se havia estabelecido na região e casado com a índia tabajara Tindarena ou Tabira, depois batizada Maria do Espírito Santo Arcoverde. Jerônimo ficaria conhecido como o “Adão pernambucano”, por ter deixado vastíssima descendência por todo o Brasil e especificamente na região Nordeste.
Com a morte de seu marido, Duarte Coelho (1554) em Portugal, ela própria ocupará o cargo, com a ajuda de seu irmão, Jerônimo de Albuquerque. sendo que a designariam por «capitoa». Dona Brites assumiu, assim, todas as honras e obrigações adjacentes ao título, o qual manteria até a maioridade do seu filho mais velho, Duarte Coelho de Albuquerque, que estudava em Portugal, juntamente com seu irmão Jorge de Albuquerque Coelho. Quando ambos chegam ao Brasil, em 1560, Duarte assume o governo de Pernambuco, mas tão somente até 1572, data em que terá sido chamado de regresso a Portugal. Duarte e Jorge são incorporados à armada do rei D. Sebastião, que avançava sobre a África. Ambos são gravemente feridos após a batalha de Alcácer-Quibir, em 4 de agosto de 1578, e nunca mais retornariam ao Brasil. Assim, uma vez mais, Dona Brites ficará no comando das terras pernambucanas, exercendo essa função até o fim de sua vida.
Dona Brites é considerada pelos especialistas como uma das mais ilustres pernambucanas, sendo que durante o seu governo, manteve a ordem e a paz da Capitania, combatendo as insurreições indígenas, legislando e controlando os assuntos dos colonos e construindo e urbanizando núcleos, como Olinda, onde faleceu, provavelmente entre junho e outubro de 1584.
Governadora de Pernambuco: 1540 - 1561
1572 - 1575 : regente, em nome de seu filho
Sucedido por: Jorge de Albuquerque Coelho
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