Zumbi dos Palmares, nascido na então Capitania de Pernambuco, é considerado o maior herói negro do Brasil. Após a destruição do Quilombo de Palmares, Zumbi foi decapitado e sua cabeça exposta em praça pública no Recife. A data de sua morte foi adotada como o Dia da Consciência Negra.
O Quilombo dos Palmares foi um quilombo da era colonial brasileira. Localizava-se na então Capitania de Pernambuco, na serra da Barriga, região hoje pertencente ao município alagoano de União dos Palmares.
Palmares foi o maior dos quilombos do período colonial. Em 1602, já há relatos de sua existência e de envio de expedições pelo governador-geral da Capitania de Pernambuco para pôr fim ao aldeamento. Chegou a abranger uma área de 150 quilômetros de comprimento e 50 quilômetros de largura, situada na Capitania de Pernambuco, entre os atuais estados de Alagoas e Pernambuco, numa região de palmeiras (daí o seu nome).
Sua população teria alcançado um número estimado entre 6 mil e 20 mil pessoas. Tanto pelas proporções como pela resistência prolongada, tornou-se o símbolo da rebeldia escrava. O movimento de fuga dos escravos para a mata vinha de longe, mas a invasão holandesa em Pernambuco constituiu para eles a grande oportunidade. Por quase 70 anos os negros fugitivos viveram com tranqüilidade, podendo instalar em Palmares um tipo de estado africano, baseado na pequena propriedade e na policultura. Com o fim do domínio holandês em Pernambuco, o quilombo passou a sofrer ataques dos fazendeiros e das autoridades, que viam nele uma ameaça. Enquanto existiu, Palmares atraiu os escravos para a fuga. A resistência dos negros durou muitos anos e a existência do quilombo prolongou-se por quase um século, tendo-se destacado entre seus líderes o rei Ganga Zumba e seu sucessor, Zumbi.
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